18 de junho de 2014

          Venho comentar o que aconteceu com a Espanha sem fazer uso de oportunismo, sem me aproveitar de uma situação para hipocritamente apontar justificativas como se estivessem debaixo do nariz de todos. Não estavam. Mas é inadmissível que um treinador como Vicente Del Bosque não tenha sido capaz de reconhecer e reagir às forças que empurravam a Espanha ladeira abaixo - e não é de hoje. Defendendo muito mais um estilo de jogo do que a possibilidade de conquistar o bicampeonato, a Fúria se recusou a aceitar mudanças drásticas em relação ao idolatrado grupo e filosofia com que conquistou o título mundial na última Copa, mesmo que ao custo de perder a chance de repetir o feito. Era como se, ao fechar os olhos, pudessem resposicionar os protagonistas e reencenar o sonho de 2010 quatro anos mais tarde. À espera de uma mágica que, no futebol, não existe.
          A derrota teve início na lista de convocados de Del Bosque e foi oficialmente decretada no segundo jogo da fase de grupos. Após sofrer uma goleada por 5x1 na estreia contra a Holanda, ficou clara a urgência com que algo precisava ser feito. Hoje, ao enfrentar o Chile, haviam significativas mudanças: sem Piqué nem Xavi. Porém, muitos dos jogadores capazes de reestruturar a Espanha estavam longe demais nos sofás de suas casas para prestar qualquer auxílio, e a impotência se uniu aos mesmos problemas não resolvidos que já acompanhavam os espanhóis. O Chile marcou duas vezes, escrevendo a história da segunda derrota da Fúria e consequentemente de sua eliminação. Somando zero pontos, 7 gols sofridos e 1 gol marcado (de pênalti), a Espanha deu adeus ao torneio com a pior campanha dessa edição da Copa do Mundo. Numericamente, nem Irã, nem Austrália, nem Costa Rica... Mas sim Espanha, a vigente campeã mundial, foi a pior seleção da Copa no Brasil até então.
          É hora de reformular. Já era hora há muito tempo. Depois da derrota contra o Brasil por 3x0, pela final da Copa das Confederações, praticamente nada foi feito, tanto em questão de elenco quanto de táticas. Com bastante tempo à disposição, a já sintomática decadência do elenco poderia ter sido remediada ao invés de resultar em um sangramento inestancável diante do mundo. Não faltaram avisos para o técnico Del Bosque, que preferiu ignorá-los e insistir em seu sonho platônico. O conformismo e a falta de autocrítica culminaram em algo que, indiscutivelmente, era previsível. Vivendo do legado de Luis Aragonés até alcançar o esgotamento, o atual treinador explorou seu projeto além de quando já não se podia mais, espremendo cada jogador até a última gota de rendimento que podiam dar. O futebol é um jogo de erros, e nessa Copa do Mundo a Espanha cometeu praticamente todos eles, dentro e fora de campo.
          Quando anteriormente questionado sobre o modelo tiki-taka de jogo, o meio-campista Xavi defendeu que ganhariam ou morreriam com ela. Distantes da época em que esse estilo era efetivo e imparável, é hora de desafiar esse radicalismo se a meta for continuar na elite do futebol mundial. Com a possibilidade de o sentimentalismo e o apego cegarem a razão, é necessário considerar que o passado e o argumento sobre as "tantas coisas que isso já nos deu" não devem nunca ser parâmetros para o presente e para o futuro - e isso não seria nenhuma desfeita ou desmerecimento à conquista do título de 2010. Não se pode viver da única estrela que estampa a camisa da seleção espanhola se tiverem como objetivo a conquista de uma segunda.
          Com a eliminação precoce na edição de 2014 da Copa do Mundo, os espanhóis fizeram história. Não a que queriam, mas a que eles mesmo inevitavelmente traçaram. Caíram diante de si mesmos, de uma maneira injusta com a história desse elenco que tanto conquistou nos últimos anos. O técnico Del Bosque, que pecou tanto na convocação como em maus planejamentos, táticas falhas e mudanças estáticas, formou um grupo de agradecimento e de homenagens que se assemelhou à uma despedida de solteiro. Acabou. O jogo e o ciclo. Foram anos de glória, mas que pertencem agora ao passado. E o futuro da Espanha somente a ela pertence.

5 comentários:

  1. Eles levaram muito a sério o ditado que diz"":Time q está ganhando,não se mexe"Não é bem assim,né!!Enquanto os outros se reformularam e se atualizaram éles ....ficaram para trás,achando que continuariam a ser imbatíveis....."Gio,mais uma vez,Parabéns pelas suas críticas e .pela percepção súitl e honesta dos comentários.Vc. é danada!!!!!

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  2. Primero decirte que desde hace muchos años no se llama ¨Fúria¨ sino que se denomina ¨LA ROJA¨. Em segundo lugar, nos llevamos los mejores jugadores y el mejor entrenador en este momento. Se podría haber llevado otros pero el número es limitado por la FIFA. Y sobre el estilo de juego SÍ. Lo han intentado cambiar contra Chile, pero como nunca había n hecho antes, la cosa salió mal. Estamos en un mundial y no se puede cambiar al improviso. El método Guardiola ya no funciona y hay que reconocer, cambiar o perder, que es lo que ha pasado. Gracias . Profesor, Entrenador y Preparador Físico.

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  3. DIVULGADO O ESCÂNDALO QUE TODO MUNDO SUSPEITAVA!
    Talvez, isso explique a razão do jogador Gerard Pique ter declarado a seguinte frase: "Se as pessoas soubessem o que aconteceu na Copa do Mundo, ficariam enojadas".
    Todos os espanhois ficaram chocados e tristes por terem sido eliminados a Copa do Mundo de futebol, no Brasil. Não deveriam. O que está exposto abaixo é a notícia em primeira mão que está sendo investigada por rádios e jornais de todo o Brasil e alguns estrangeiros, mais especificamente Wall Street Journal of Americas e o Gazzeta delo Sport e deve sair na mídia em breve, assim que as provas forem colhidas e confirmarem os fatos.
    Fato comprovado: A Espanha VENDEU a copa do mundo para a Fifa. Os jogadores titulares espanhois foram avisados, às 13:00 do dia 18 de Junho (dia do jogo contra o Chile), em uma reunião envolvendo o Sr. Angel Maria Villar (na única vez que o presidente da federação espanhola compareceu a uma preleção da seleção), o Técnico Vicente del Bosque e o Presidente da FIFA, Joseph Blatter. Os jogadores reservas permaneceram em isolamento, em seus quartos ou no lobby do hotel. A princípio muito contrariados, os jogadores se recusaram a trocar o bi-campeonato mundial por sediar a Copa do Mundo em 2026.
    A aceitação veio através do pagamento total dos prêmios, US$700.000,00 para cada jogador, mais um bônus de US$400.000,00 para todos os jogadores e integrantes da comissão, num total de US$ 23.000.000,00 vinte e três milhões de dólares) através da FIFA. Além disso, os jogadores que aceitarem o contrato com a empresa FPAR nos próximos 4 anos, terão as mesmas bases de prêmios que os jogadores de elite da empresa, como Cristiano Ronaldo e Neymar.
    Mesmo assim, Xavi Hernandez se recusou a jogar, o que obrigou o técnico Vicente del Bosque a escalar o jogador Pedro Rodriguez, dizendo que Xavi estava com problemas no joelho esquerdo (em primeira notícia divulgada às 13:30 no centro de imprensa) e, logo depois, às 14:15, alterando o prognóstico para problemas estomacais).
    A sua situação só foi resolvida após o representante da FPAR ameaçar retirar seu patrocínio vitalício ao jogador, avaliado em mais de US$90.000.000,00 (noventa milhões de dólares) ao longo da sua carreira.
    Assim, combinou-se que a Espanha seria derrotada durante o segundo tempo, porém a apatia que se abateu sobre os jogadores titulares fez com que o Chile, que absolutamente não participou desta negociação, marcasse, em duas falhas simples do time espanhol, os primeiros gols.
    O Sr. Joseph Blatter, presidente da Fifa, cidadão franco-suíço, aplaudiu a colaboração da equipe espanhola, uma vez que o campeonato mundial trouxe equilíbrio à copa do mundo.
    Garantiu que a Espanha teria seu caminho facilitado para o bi-campeonato de 2018.
    Por gentileza passem esta mensagem para o maior número possível de pessoas, para que todos possam conhecer a sujeira que ronda o futebol!
    Desde, já agradeço, Um abraço

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    1. E A FILA ANDA... A HUNGRIA DE 54, O BRASIL DE 58, 62 E O GRAN FINALE EM 70, COM UM ATAQUE REPLETO DE CAMISAS 10...VEIO O CARROSSEL HOLANDES QUEBRADO PELA RIGIDEZ ALEMÃ, A SELEÇÃO DOS SONHOS QUE NÃO GANHOU NADA EM 82, A SELEÇÃO ROMÁRIO F.C. EM 94, A FAMÍLIA FELIPÃO EM 2002 E OS CRAQUES SENDO SUBSTITUÍDOS POR TANQUES DE GUERRA, COM FORÇA DESCOMUNAL, VIGOR FÍSICO QUE EXTRAPOLA, QUE DEIXA MARCAS.
      CLARO!!! O CRAQUE SEMPRE TERÁ A VEZ DE DECIDIR UM JOGO, DE CONQUISTAR UMA COPA, MAS NUNCA SE CORREU TANTO, ALGUNS SEM MUITA DIREÇÃO, BÚSSOLA PRO NORTE E LÁ VOU EU VER NO QUE DÁ.
      O EDU BALA DO PALMEIRAS DA DÉCADA DE 70 SERIA UM DESTAQUE NOS DIAS DE HOJE.

      OSVALDO EDUARDO DI PIETRO - IRMÃO DO EDUARDO JOÃO, AMIGO DO SEU PAI.
      E PARABÉNS PELO BLOG.

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    2. Acredito que seja verdade mesmo, os cartolas ainda continuam mandando no Futebol infelizmente. Acho também que os 7x0 contra a Alemanha também teve treta no meio, não quero acreditar que a Seleção levou 7x0 de um time que nem era tão superior assim...

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