17 de junho de 2013

A Itália conquistou três pontos sobre o México diante de aproximadamente 72 mil torcedores que enchiam o Maracanã na tarde de domingo. A seleção - que agora joga efetivamente "avanti"- é a segunda colocada no grupo A, e apesar de ter os mesmos pontos do Brasil, fica atrás devido ao saldo de gols. Exercendo domínio e marcando adiantado desde o começo, os italianos tiveram 4 finalizações nos primeiros 8 minutos de jogo, a maioria nos pés de Mario Balotelli, que quase encobriu o goleiro Corona aproveitando uma falha da zaga mexicana logo no início. Aliás, isso era bem evidente no México: dficiuldade na saída de bola. Mesmo compactando bem as linhas, erravam muitos passes, e isso facilitava o contragolpe italiano.
Giovani dos Santos marcou Pirlo com os olhos. No início estava atento à sua movimentação, mas ao priorizar a articulação de jogadas, foi deixando-o livre para armar. E foi dos pés desse mesmo gênio que saiu o primeiro gol da Itália, aos 26 minutos, em uma cobrança de falta ao som do Maracanã gritando seu nome. O chute categórico a 29 metros do gol, que alcançou 112km/h, beirou a perfeição. O italiano foi eleito melhor em campo, tendo um total de 83% passes certos e acertando 9 dos 10 lançamentos que fez.
Mas a alegria durou pouco: seis minutos depois, Barzagli perdeu a bola para Giovani dos Santos e derrubou o mexicano na área, num pênalti infantil. Chicharito, que na marca da penalidade não erra, chamou a responsabilidade e realizou a cobrança, empatando o jogo. O atacante se tornou o primeiro jogador do Manchester United a marcar gol na Copa das Confederações, e tem 33 gols num total de 50 jogos pela seleção.
A Itália, que ocupava bem o meio de campo e tocava a bola de forma efetiva, começava a ser tomada pelo cansaço e permitia que o México começasse a ensaiar uma chegada. O que faltava era um passe pra decidir. Após empatar 8 dos últimos 9 jogos, o México estava levando o resultado para o mesmo caminho, apesar de faltar um meia para parar o jogo, respirar, dar dinâmica e fazer chegar a bola com qualidade.
No segundo tempo, a Itália manteve a pressão e o domínio, apesar dos mexicanos voltarem para a segunda etapa com uma postura diferente, mais ofensiva. Chicharito, apesar de tentar compensar a falta de marcação de Giovani dos Santos em Pirlo, não impediu que o italiano comandasse com maestria.
Foi aos 32 minutos do segundo tempo que o placar mudou. Balotelli - sempre ele - abusou de sua força física para ganhar a disputa de bola contra três mexicanos e fazer o gol da vitória da Itália. A torcida do Maracanã, que minutos antes o vaiava por pedir pênalti em um lance e jogar sua chuteira no chão, agora cantava em coro: "Ah, é Balotelli". O atacante tirou a camisa na comemoração, recebendo por isso um cartão amarelo. Em entrevista depois do jogo, disse não saber da regra da Copa das Confederações em que na reincidência dessa infração, suspende-se o jogador da partida seguinte. Balotelli foi substituído aos 39 minutos por Gilardino, e recebeu todo o carinho do torcedor ao ser muito aplaudido.
A Itália, que foi muito mais técnica, tem como próximo adversário o Japão, na Arena Pernambuco, dia 19 de Junho. Já o México, time que apostou principalmente no contra-ataque, enfrenta a seleção brasileira no mesmo dia, em Fortaleza.

Giovanna Rinaldi

Créditos: André Rocha (ESPN)

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