27 de outubro de 2013


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Real Madrid e Barcelona disputaram ontem mais uma vez um dos clássicos mais históricos e cheios de rivalidade do futebol europeu. A partida aconteceu no Camp Nou, valendo pontos pelo campeonato espanhol, e o time da casa levou a melhor. Marcando duas vezes contra o visitante e não levando gol até os acréscimos do segundo tempo, tornaram impossível a missão dos merengues de conquistarem os 3 pontos.
O Real Madrid disputou seu primeiro clássico sem a presença do ex-técnico José Mourinho e o meia alemão Özil. A pressão ficou na conta do atual treinador Carlo Ancelotti, que pareceu não reagir muito bem à ela. O italiano escalou seus jogadores em um esquema 4-3-3 com o zagueiro Sérgio Ramos de volante central, se abrindo ao risco de fazer testes em uma partida importante. Outra mudança que chamou atenção foi a ausência de um centro-avante de referência, enquanto o ataque era formado por Cristiano Ronaldo na esquerda, Di María na direita e Gareth Bale centralizado.
Os dois laterais escolhidos para o jogo foram Carvajal e Marcelo, ambos com caráter mais ofensivo que defensivo. A proposta de Ancelotti era "trancar" a defesa e dar liberdade para os laterais atacarem, abastecendo o trio de extrema velocidade que formava o ataque. Mas o que aconteceu de fato foi bem diferente: desequilíbrio na equipe devido à profundidade dos laterais. O time da capital espanhola encontrava dificuldades na criação e conexão, principalmente devido às tarefas defensivas que ocuparam o meia Modric na maior parte do tempo em que o zagueiro improvisado de volante Sergio Ramos esteve em campo.
O Barcelona, por sua vez, procurava explorar os espaços das laterais, principalmente na porção esquerda. Messi praticamente renunciou a postura ofensiva para bloquear Marcelo e evitar que o brasileiro subisse, enquanto Neymar tinha muita liberdade pela direita, sabendo que o ponto débil do lateral merengue Carvajal é a defesa. Ali se iniciaram muitas jogadas e chances de gol, proporcionando a Neymar um bom rendimento em seu primeiro clássico.
Aos 18 minutos, ele mesmo abriu o placar para os donos da casa. Antes do final do primeiro tempo, o juíz Undiano Mallenco falhou em não dar pênalti para o Real Madrid quando o jogador Adriano, do Barcelona, tocou a mão na bola dentro da pequena área. Seria seu segundo cartão amarelo na partida.
Com a entrada de Illarramendi no lugar de Ramos, que estava amarelado, Modric teve mais liberdade na sua função criadora e consequentemente o rendimento do Real Madrid começava a melhorar após quase uma hora de bolas lançadas ao trio de ataque que não resultavam em nada. Outra mudança efetuada por Ancelotti foi a saída de Bale para a entrada do centro-avante de ofício Benzema, que apesar de não viver boa fase, entrou bem no jogo.
O segundo erro comprometedor do juíz Undiano foi quando Mascherano derrubou claramente Cristiano Ronaldo na pequena área, e o pênalti também não foi marcado. Pouco depois, aos 77 minutos, o chileno Alexis aumentou o placar para o Barcelona encobrindo o goleiro Diego López. Os merengues acabaram descontando aos 46 do segundo tempo, quando Cristiano mostrou que apesar de correr o jogo inteiro, ainda tinha fôlego para dar uma arrancada brilhante e assistir o jovem Jesé, que diminuiu o placar para o Madrid. Mas já era tarde demais para esboçar uma reação.


Giovanna Rinaldi

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