30 de junho de 2013

E Espanha não perdeu nenhum jogo dos últimos 29 que disputou. O Brasil não perde um jogo no Maracanã há 15 anos. A melhor seleção da atualidade enfrenta hoje a melhor seleção da história, valendo o título da Copa das Confederações 2013. Na história desse confronto, foram 8 partidas disputadas: 4 vitórias brasileiras, 2 espanholas e 2 empates. A "Fúria" visitou o Brasil duas vezes, perdendo nas duas ocasiões. Mas hoje, os tabus ficam de lado e o que vale é o futebol e a postura das duas equipes desde o apito inicial até o fim dos 90 minutos.
A Espanha vêm de uma difícil vitória contra a Itália, decidida nos pênaltis, após 120 minutos de jogo. Desgastados pelo cansaço, tiveram inclusive um dia a menos de repouso em comparação com os brasileiros. A enorme vontade de ganhar hoje em pleno Maracanã, templo do futebol, contra os donos da casa é a maior forma de respeito que os espanhóis podem demonstrar. Em 5 anos, o time de Del Bosque derrotou, pelo menos uma vez, todos os campeões mundiais. Exceto o Brasil. São favoritos pelas recentes conquistas (Eurocopa, Copa do Mundo,...) e por ter um time "acertado", com uma filosofia de jogo concreta.
O Brasil, em fase de testes, terá sua evolução medida com mais clareza hoje, diante da poderosa Espanha. Alguns fatores serão fundamentais para determinar quão pronto o grupo de Felipão está atualmente. A marcação-pressão, que dificulta a saída de bola espanhola e faz a equipe apelar para "chutões" - raros em um estilo de toque de bola -, precisa contar com a concentração dos jogadores para durar o jogo todo. Qualquer deslize pode ser letal. Outro desafio para a seleção brasileira é se livrar da pressão que a Espanha exerce na saída de bola. É necessário ter calma e evitar erros de passe, que podem ser muito bem aproveitados pelo adversário. O ataque é outro setor que não pode falhar. Contra um time que sofre pouquíssimos gols, uma chance desperdiçada pode se tornar aquele "e se" amargo.
O Brasil cria pelas laterais, e a Espanha tem dificuldade para fechar esse setor. O lado esquerdo normalmente é o mais utilizado pelos brasileiros - com Marcelo e Neymar -, mas hoje, pela debilidade do baixo e fraco Jordi Alba (que não vai bem no um contra um) a saída pode ser pelo lado direito, com Daniel Alves e Hulk em cima desse jogador, que raramente conta com apoio de outro espanhol. Mas é pelos lados que a Espanha também leva perigo. Nossos laterais Marcelo e Daniel Alves não tem como principal destaque o poder defensivo, e Neymar e Hulk não proporcionam muito auxílio. É por aí que tanto Pedro como Jordi Alba - laterais espanhóis - podem se infiltrar. Na esquerda, Alba pode aproveitar o corredor que Iniesta e Fábregas criam. Na direita, Pedro pode contar com sua velocidade para superar Marcelo.
No meio de campo, o confronto é entre Paulinho e Xavi. O brasileiro não é do tipo maestro, como é o espanhol, mas marca muito bem e tem enorme poder ofensivo, podendo aparecer várias vezes na área para finalizar. Já o meia do Barcelona, é o líder que coloca ritmo no "tikitaka".

Não há fórmula mágica para ganhar da Espanha, mas alguns pontos merecem destaque. Aqui vai um resumo: Primeiramente, não deixar a equipe de Del Bosque sair na frente: os espanhóis não levam uma virada há 101 jogos. Com a vantagem no placar, passam a focar no jogo da posse de bola para cansar o adversário, que eventualmente abre espaço para uma ampliação na busca pela recuperação de bola. Em segundo lugar, é importante manter a marcação forte na saída de bola dos espanhóis. Negando espaço, eles apelam para lançamentos longos, e o Brasil leva vantagem na disputa pela primeira bola. Outro detalhe importante é manter a bola girando. Os brasileiros precisam ter paciência, inverter jogadas... E nessa invertida pode se iniciar uma jogada de gol, ao pegar um espanhol despreparado para efetuar a marcação. Não se pode desperdiçar chances. É uma final, é um adversário enorme: toda e qualquer chance deve terminar em gol. Um carinho especial deve ser dedicado ao lado esquerdo, que precisa de proteção, para não permitir a chegada de Pedro com velocidade. Neymar precisa auxiliar Marcelo na cobertura, porque Luiz Gustavo terá um árduo trabalho a fazer vigiando os meias da Espanha.

Hoje será decidido o campeão do torneio. Independente disso, podemos classificar o saldo da seleção brasileira como positivo. Mostrou boas atuações, derrotou Japão, México, Itália e Uruguai. Vem ganhando novamente a torcida, que pouco a pouco demonstra seu apoio e renova aquela alegria de ver a seleção pentacampeã jogar. Ao comando de Felipão, demos um salto de qualidade, traduzido em resultados. Nosso objetivo foi alcançado, consagrá-lo ganhando da atual campeã mundial seria a cereja no bolo.

Giovanna Rinaldi

Horário do jogo: 19h
Transmissão pela TV: Globo, Band, SporTV
Estádio: Maracanã
Juíz: Bjorn Kuipers (HOL)  |  Auxiliares: Sander Van Roekel (HOL) e Erwin Zeinstra (HOL)

Créditos: Lance!  e Victor Sergio (Esporte Interativo)

Um comentário:

  1. Olá turma do Futebol por Giovanna,

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